OCUPAÇÃO FOZ AFORA
FOZ AFORA é uma criação do Coletivo
Líquida Ação com base na residência
artística realizada na foz do Rio Doce
em junho de 2017, um ano e meio após
o crime ambiental do rompimento da
barragem de minérios da Samarco
S.A que intoxicou as águas do Rio
Doce. Durante 22 dias, artistas e
pesquisadores de diferentes áreas
(artes visuais, performance, arte sonora,
teatro, dança, antropologia, vídeo)
conviveram com as comunidades de
pescadores que habitam a foz do rio,
no litoral do Espírito Santo.
Após o período de residência os
processos de criação artística,
realizados a partir do deslocamento
estético-político das nossas
experiências de convívio com
moradores atingidos pelo desastre
ambiental, se materializaram em
diversos suportes: experiência cênica,
exposição, publicação de um livro e
mesas de conversa sobre questões
socioambientais. Imagens captadas,
registros sonoros, narrativas, interações
e memórias dos corpos atingidos,
são matérias deste trabalho coletivo
cujos suportes formam um conjunto de
proposições estéticas que inserem o
espectador em diversos aspectos da
vida na foz do Rio Doce, onde os efeitos
da catástrofe ambiental convivem com a
força de resistência dos moradores.
Os quatro suportes podem
ser realizados em conjunto ou
separadamente, de acordo com os
interesses da instituição acolhedora
do projeto:
1) EXPERIÊNCIA CÊNICA EM SALA DE
ESPETÁCULO
2) EXPOSIÇÃO EM GALERIA OU ESPAÇOS
ALTERNATIVOS
3) APRESENTAÇÃO DO LIVRO
4) MESAS DE CONVERSA COM
PESQUISADORES CONVIDADOS A
FALAR SOBRE MINERAÇÃO E IMPACTOS
SOCIOAMBIENTAIS.
FICHA TÉCNICA / FOZ AFORA
COORDENAÇÃO GERAL:
Eloisa Brantes
CRIAÇÃO:
Ana Emerich, Eloisa Brantes, Evee Ávila,
Ines Linke, Jérôme Souty, Lara Cunha,
Mauricio Lima, Thaís Chilinque
CURADORIA E MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO:
Ines Linke, Evee Ávila e Thaís Chilinque
ORGANIZAÇÃO DA PUBLICAÇÃO:
Jérôme Souty e Evee Ávila
IDENTIDADE VISUAL:
Evee Ávila
MONTAGEM DE VÍDEOS:
Lucas Canavarro
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO:
Cau Fonseca | MÍTICA!
PRODUÇÃO:
Laranegalara
REALIZAÇÃO:
Coletivo Líquida Ação
O projeto FOZ AFORA, originalmente nomeadoVOLUME MORTO, foi contemplado pelo Edital
RUMOS Itaú Cultural 2015-2016.
A Ocupação FOZ
AFORA foi realizada no Espaço Municipal Cultural Sérgio
Porto/ Rio de Janeiro
de 15 à 25 setembro 2017.
Experiências Cênicas
Registros visuais, sonoros e vivências
da foz do Rio Doce, formam o campo
da experiência cênica transdisciplinar
sobre o maior desastre socioambiental
do Brasil. Ações, textos, imagens,
movimentos e sonoridades envolvem
o corpo sensorial e o senso crítico
do espectador na composição de
uma dramaturgia fragmentada que
sobrepõe memórias do rio, falas dos
moradores, ancestralidade indígena,
documentos sobre megamineração,
cantos tradicionais, contextos históricos
e políticos do Brasil.
FICHA TÉCNICA |
EXPERIÊNCIAS CÊNICAS FOZ AFORA
DIREÇÃO:
Eloisa Brantes
CO-CRIAÇÃO:
Ana Emerich, Eloisa Brantes,
Mauricio Lima, Thaís Chilinque
PERFORMERS:
Mauricio Lima e Thaís Chilinque
ARTISTA VISUAL E SONORA:
Ana Emerich
IMAGENS:
Coletivo Líquida Ação
ILUMINAÇÃO:
Lara Cunha
FIGURINOS:
Ines Linke
EDIÇÃO E PROJEÇÃO DE VÍDEOS:
Lucas Canavarro
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO:
Cau Fonseca | MÍTICA!
Exposição
A complexidade da vida comunitária
e as mutações ambientais na Foz do
Rio Doce, onde tradição, nostalgia,
espiritualidade, mobilização política,
desespero e esperança convivem,
são apresentadas na exposição de
fotografias, vídeos, objetos, textos
e peças sonoras que, instaladas em
um mesmo ambiente, propõem ao
espectador uma viagem pela Foz do Rio
Doce.
FICHA TÉCNICA |
EXPOSIÇÃO FOZ AFORA
CRIAÇÃO:
Ana Emerich, Eloisa Brantes, Evee Ávila,
Ines Linke, Jérôme Souty, Lara Cunha,
Mauricio Lima, Thaís Chilinque
CURADORIA E MONTAGEM:
Evee Ávila, Ines Linke e Thaís Chilinque
PERFORMERS:
Mauricio Lima e Thaís Chilinque
VIDEOS:
Lucas Canavarro
PROJETO GRÁFICO:
Evee Ávila
ARTE SONORA:
Ana Emerich
ILUMINAÇÃO:
Lara Cunha
TEXTO:
Ines Linke
DIREÇÃO DE PRODUÇÃO:
Cau Fonseca | MÍTICA!
Mesas de convesas
As mesas de conversa com convidados
pesquisadores, lideranças comunitárias
e/ou especialistas de diferentes áreas
que estudam e/ou vivenciam impactos
socioambientais provocados pela
megamineração, propõe debates e
reflexões sobre realidades locais e
problemáticas globais.
Na Centro Cultural Municipal Sérgio Porto foram convidados :
17/09/2017 - Luiz Jardim Wanderley
(Geógrafo, pesquisador de terras atingidas pela mineração. Professor na UERJ) e Rondon Krenak (cacique da Aldeia Krenak/ MG
à margem do Rio Doce).
Video da conversa:
23/09/2017 – Artistas moradores da Vila de Regência (Cia das Artes de Regência e Banda Natividade).